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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Resgatando um Binoculo Dfv 15x50mm

Um amigo me deu um velho Dfv Turfist. Um binóculo de fabricação brasileira com especificações 15x50mm. Nunca tinha ouvido falar.... Mas adoro binóculos meio fora de esquadro. Um dos meus favoritos é meu 20x50mm . Apesar dos campos mais reduzidos gosto do poder de fogo dado por uma maior ampliação.
A meses falávamos a respeito do tal binóculo e finalmente ele levou o bruto para o bar onde sempre nos encontramos. Neste dia ele o deixou com o dono do bar para que eu desse uma olhada nele. Peguei o binóculo com o cidadão lusitano que é o dono do botequim.
Muitos fungos. Sujeira e etc... Mas o binóculo me pareceu de qualidade. Toda a parte mecânica bem sólida e sem folgas. Resolvi dar uma chance ao bicho.
Ao longo de minha vida já destrui alguns binóculos. Este eu achei que deveria ser mais cuidadoso.
Me utilizando do livro Binocular Astronomy
 (http://www.4shared.com/file/75698300/15bcb311/Livro_15.html ) e de minha experiência pessoal me preparei para abrir a peça.
Coloquei luvas cirúrgicas e  carinhosamente limpei todas as superfícies oticas com algodão embebido em álcool absoluto.
Atenção: ao abrir e remover as superfícies oticas vc pode arruinar seu binóculo. faça isso " at your own risk".
Primeiro limpe somente as lentes principais , é menos arriscado . Se o fungo estiver concentrado nelas você não vai mexer nos prismas. Melhor. No meu caso uma das objetivas estava muito suja por dentro . Cheia de fungos. Foi necessário apenas um pouco de força para desatar rachar o tubo e limpar a lente.

Infelizmente do outro lado os fungos se concentraram em um dos prismas . Abri o o suporte por cima e removi o prisma mais atacado . Ele é fixado por uma pequena braçadeira de metal.

Não foi difícil. Depois de limpo o coloquei de volta e após algumas horas de ajustes finos consegui colimar novamente o binóculo e voltar a ter uma imagem única. É difícil. Mas possível.
Com todas as superfícies oticas limpas ( bem mais limpas ao menos) o binóculo rapidamente mostrou-se mais brilhante . Aguardo uma noite estrelada para testa-lo de fato. Fiz um pouco de Bird watching observando algumas gaivotas e pude rapidamente perceber a presença de alguns urubus em  meio a grupo.
Não recomendo a ninguém fazer o mesmo mas o binóculo foi salvo dos fungos e não tive gasto nenhum. Dá muito trabalho e o ajuste pode ser muito delicado. Mas o resgate do Dfv Turfist me deixou muito orgulhoso ....

Observando M22 e M28

M22 é um dos mais brilhantes globulares do céu . No hemisfério sul  ele é incrível. Se compara a M13.
E é um objeto facilmente observável. Com magnitude de 5.10 ele é percebido a olho nu a partir de locais escuros. Caso seja necessário localiza Kaus Borealis no asterismo do bule em Sagitário ( é a estrela do topo do "bule"). De lá escaneie a região a norte ( Nordeste quando este estiver a leste e noroeste quando a oeste do meridiano) deste  . O globular será facilmente visível em uma buscadora de 6x 30mm. Binóculos tornam sua localização ainda mais fácil.
 Foi provavelmente o primeiro globular a ser descoberto . Foi registrado por Abraham Ihle em 1665. Hevelius talvez o tenha observado ainda antes... Consta do catalogo elaborado por Halley em 1715. Esta também no catalogo de Lacaille e foi incluído por Messier em 5 de junho de 1764.Esta a cerca de 10.400 anos luz.

M 28 fica ainda mais próximo de Kaus Borealis e embora menor e mais apagado é também facilmente percebido na buscadora e em binoculos. Foi o segundo globular onde foi descoberto um Pulsar de Milisec. ( primeiro foi M4). Apresenta diversas estrelas variáveis e se encontra a cerca de 19.000 anos luz. Cobre uma area de cerca de 60 anos luz. É uma descoberta original de Messier e foi catalogado em 27 de Julho de 1764.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Observando M65 e M66

Galáxias são sempre alvos mais difíceis para o observador que gosta de céu profundo. Elas são longe, ténues e geralmente não visíveis por sua buscadora.
Esta época do ano há um premio interessante ao alcance de pequenos telescópios. Talvez até mesmo de binóculos ( Veja Desafios Binoculares). São as galáxias M65 e M66. Localizadas em Leão
Vamos até Chertan nos quartos traseiros... De lá um salto e se chega até Eta Leo. Daí para frente vale o faro. Localize HIP 55262 uma discreta estrela de 7.6 magnitude. Você está muito perto. M66 e M65 estão na ocular. Junto a M66 de 9.0 mag. existe algumas estrelas muito fracas.  Na região você talvez também perceba NGC 3628. Uma terceira galáxia que pertence ao "Triplet" de Leão. Ela é mais apagada que as outras e brilha com 9.5 mag.

M65 é uma galáxia espiral que apesar de sofrer influencia dos outros membros do triplet não sofreu grandes influencias o perturbações dos outros membros. É uma descoberta original de Messier e foi catalogada em  1 de Março de 1780. Algumas fontes atribuem a descoberta a Mechain. Mas Messier não o faz e como este sempre foi justo para com Mechain é provável que isto seja um erro.Mag.9.3

M66 é também uma galáxia em espiral e é a mais brilhante do grupo. Seu braços apresentam algum grau de perturbação . Provavelmente devido a um encontro com NGC 3628. É o maior membro do grupo que batiza. Foi catalogada juntamente com M65 em 1780.Mag.9.0
Veja o Log desta observação em http://nunciusaustralis.blogspot.com/2011/02/astrolog-12-de-fevereiro-2011.html
Curiosamente ele não percebeu estas galáxias em 1773 quando um cometa passou por entre as mesmas. Provavelmente devido ao brilho do cometa.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Desafios Binoculares

Dos autores de livros de astronomia pratica ( Guias e afins...) Phil  Harrigton é um de meus favoritos. Possua alguns livros dele e sua coluna no Cloudy Nights , Phil Harrigton´s Binocular Universe. Este mês ele apresenta alguns desafios que ele propõem em seu novo livro "Cosmic Challenge".
Ele descreve como conseguiu ver a nebulosa cabeça de cavalo com um Fujinon 10x70mm . A formula inclui um céu perfeito , um super binóculo e um mapa bastante detalhado da região.
Mas há um desafio mais "factível". Observar M78 com um 10x50. Segundo o artigo o objeto será visível, ainda que ténue, em céus suburbanos.  Seria ainda um indicador da qualidade do céu. Em céu escuro seria bem evidente. Veja o post sobre M78 no Nuncius. Existe um truque bastante útil para localizar a nebulosa. 
Ele apresenta também um alvo bem fácil. Cr 70 . O Aglomerado que compõem o cinturão de Orion. Um objeto só visível por binóculos tão grande é o aglomerado. Pode parecer incrível mas centenas de estrelas viajam juntas pela Via Láctea. É um aglomerado aberto de fato. Phil diz que a maior parte de seus componentes são estrelas de 9a magnitude . Logo dentro do alcance de binóculos 10x50 em ambientes suburbanos.( Este já observei . É obrigatório)
Isto me colocou com a pulga atrás da orelha . Se 9 magnitude esta dentro do alcance me ocorreu um outro desafio . Será M66 visível com um 10x50mm. E sua parceira M65?

Pretendo tentar a sorte na próxima lua nova. Orion ainda estará bem alto no inicio da noite...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Astrolog 12 de fevereiro 2011

Sessão observacional : 22:45.
Saquarema
Equipamento: Binóculo 20x50 mm

Uma rapida sessão utilizando meu binóculo. O 20x50 apresenta uma maior magnificação e consequentemente uma imagem um pouco mais escura que o meu habitual 10x50. Por outro lado ele apresenta um maior poder de resolução. Ou seja ele resolve estrelas em aglomerados que o 10x50 só percebe nébula.
Foi uma sessão bem rapida. Comecei pela lua onde pude perceber junto a terminator Longomontanus,Wilhelm e Blancanus. Todas grandes crateras com mais de 100km quadrados . Outras crateras se percebem mais não tão claramenete.
Posteriormente fiz uma rapida inspeção sobre os aglomerados no Falso Cruzeiro. Em uma rapida sucessão percebi claramente :
IC 2391- Junto a Delta Velorum. Resolve-se em varias estrelas.
NGC 2669- Proximo ao anterior. . Só se percebe nebulosidade . Com visão periférica percebi estrelas nos limiar da resolução.
NGC 2516- Se resolve e é um dos mais interessantes aglomerados da região. Proximo a Avior.
IC 2488- Se resolve. Bem brilhante. Próximo a Aspidiske ( Iota Carina)   .
Caixa de Jóias (NGC 4755)- Não chega a se resolver . Se percebem estrlelas com periférica. A lado de beta Crucis. 

Foi só. Acabei por volta de 23:00.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Astrolog 9 de fevereiro 2011

Astrolog de 09/02/11


Equipamento: Newtoniano 150 mm

Oculares utilizadas: SP 25 mm, 17 mm e 10 mm + Barlow 2x

Seeing : Bom

Lunação : 6.8 dias 36.6% iluminada.

Inicio a observação ainda dia claro . A lua vai alta ainda a noroeste. Sigo tendo a oportunidade de acompanhar a lunação aqui de Buzios. As crateras que se destacaram junto a “terminator” (a área da fronteira clara / escura da lua) foram varias .

Ao sul do Mare Tranquilitatis já me dirigindo para o Nectaris (utilizando a ocular de 25 mm) percebo de cara Delambre. Uma cratera muito interessante com 54 km quadrados. Com uma altitude de 1500m desde seu chão acidentado. Apresenta uma montanha central e diversas craterlets. (10 mm).

No extremo norte do Mare Serenitatis (mar da serenidade) observo com a 10 mm Aristóteles e Eudoxus formando um par sensacional. Duas crateras grandes lado a lado no sentido norte-sul.

Aristóteles tem 90 km quadrados. Uma área de chão extensa e plana. Rampas bem íngremes a leste conduzem a Cratera Mitchell.

Mais ao sul Eudoxus. Apresenta um pico central e têm 70 km quadrados. Ao oeste é possível observar os Montes Apeninos cortados pelo “terminator”.

Agora já mais próximo ao Equador lunar percebo próximas e mais a oeste das nossas estrelas de ontem (Theophilus e Cia) as duas crateras que inicialmente me chamaram mais atenção hoje. Abulfeda e Almanon.

Abulfeda é uma cratera danificada com idade entre 3.92 e 3.85 bilhões de anos. (Período Nectaris). Seu nome vem de Ismail Abu- Al- Nida. Um historiador árabe do sec. XIV.

Almanon por sua vez tem cerca de 50 km quadrados e é do mesmo período.

A seguir me encantam três Crateras muito próximas e bem no terminator.

Agrippa, uma Cratera mais recente (3.2 a 1.1 bilhões de anos) flanqueada por uma muito antiga a leste, Tempel. È interessante perceber suas diferenças. Tempel é do período pré- imbriano (entre 4.55 e 3.55 bilhões de anos). E coroando o trio a mais jovem delas: Godin. Do período copernicano (entre 1.1 bilhões até hoje em dia.). É interessante poder comparar as características morfológicas de três crateras de períodos distintos em um único campo ocular.

Finalmente chegamos a sul do terminator e lá eu destacaria Maurolycus e Clairaut.

Clairaut tem 77 km e esta mais ao sul. Apresenta diversas crateras associadas (a, b, c, d e etc..).

Maurolycus é a maior com 117 km quadrados. É uma cratera chamativa.

Com isto estava resolvida a minha observação lunar. Hoje foi um dia realmente valido. Acordei cedo e fui a três diferentes praias. Depois realizei toda a observação de nossa parceira mais próxima até cerca de 20h45min.

Pude aproveitar bem o nascer da noite.

As 19h47min Sirius e júpiter já brilhavam no céu. As 19h52min começo a perceber Orion. Primeiro Betelgeuse e Rigel com as Três Marias de forma discreta. Saiph da o ar de sua graça as 20h00min PM. Pouco depois o céu esta todo aceso.

É tempo de céu profundo. Ainda que com a lua no céu.

Me viro para o horizonte sudeste e assim afasto ao maximo a poluição luminosa gerada pela Sister Moon.



Vamos visitar Puppis, a Popa do navio do Argonautas. Três belos alvos para o inicio da noite.


NGC 2451- Aglomerado facilmente localizável acima da estrela Naos. Brilha com 2.80 de magnitude e é fácil de ser localizado. Primeiro localize Naos. A partir do asterismo do Falso Cruzeiro siga a trilha das estrelas mais brilhantes em direção a Sirius. Naos vai ser a segunda acima de Delta Velorum no falso Cruzeiro. Ou a primeira abaixo de Aludra, bem na ponta do rabo do Cão Maior (constelação). Ele é facilmente visto pela buscadora e c Puppis é uma estrela gigante vermelha que marca bem o seu centro. Utilizei o Stellarium como programa planetário esta noite e ele foi muito bem. É perfeito para estes alvos brilhantes.

NGC 2477- mais discreto que o aglomerado acima. Uma jóia bem mais delicada que brilha com 5.80 de mag.. Fica logo ao sul do aglomerado acima e acho mais fácil localiza-lo a partir de 2451 navegando com uma ocular wide angle (no caso a minha 25 mm). Depois de localizado utilizei a 17 mm para resolver melhor suas estrelas mais fracas. Pode-se partir de Naos e localizar a estrela b Puppis pela buscadora. Ele vai estar bem próximo.Acho o aglomerado mais interessante desta região próxima a Naos.

NGC 2546 – Um aglomerado maior que o anterior ainda que de magnitude 6.30. Achei que é mais claro que isto. Percebi pela buscadora. Partindo-se de Naos calcule um campo de buscadora para Leste. Ele vai aparecer. Usei novamente o Stellarium para calcular a posição aproximada e o achei facilmente combinando as duas buscadoras.

Já mais tarde (23h40min PM) vou atrás de uma conta antiga. Finalmente separo os membros de Algieba. Esta dupla em Leo é em tese fácil. Não separei com 50x. Em 120x desconfio que com um seeing ótimo seja fácil. Em 240 x (10 mm + Barlow) separei claramente. Algieba 1 me parece mais amarelada que sua companheira. Mas pode ser um truque que a tal da ótica esta me pregando...

Visitando o Leão; galáxias por perto. São 00h00min aproximadamente. Vamos até Chertan nos quartos traseiros... De lá um salto e chego até Eta Leo. Daí para frente vale o faro. Localize HIP 55262 uma discreta estrela de 7.6 magnitudes. Você está muito perto. M66 e M65 estão na ocular. Junto a M66 de 9.0 mag. existe algumas estrelas muito fracas. Vejo as duas com visão periférica. Regulo a respiração e percebo uma leve nebulosidade com visão direta. Fico minutos vendo aquelas tênues nebulosidades no campo da ocular de 25 mm. Coloco a 10 mm. Graças às estrelas junto à M66 consigo enquadrar M66. M65 se revela mais difícil. Volto para a 25 mm. E fico namorando as duas um bom tempo. Galáxias são sempre um premio especial. E duas no mesmo campo... Só alegria. M66 apresenta mais “forma”. Ainda que muito pequena nas 25 mm. Nas 10 mm ela fica maior, mas muito escura e é difícil o foco. Céu muito profundo. M 65 e M66, juntamente com NGC 3628 formam o Grupo M66. Há 35.000.000 de anos luz de nós. M65 tem 9.3 de mag. e M66 8.9. M66 é maior e tem braços mais proeminentes sendo ambas espirais. Influenciam-se gravitacional mente. São todas galáxias espirais. M66 é mais fácil de notar a espiral. Podem perceber que M66 foi citada como de magnitude 8.9 e 9.0. Depende da fonte. No Stellarium 9.0 e na pagina da SEDS 8.9.

Voltando a águas mais rasas. Saturno se torna viável por volta da 00h40min. Livra-se das arvores e aparece entre Porrima e Spica ; em Virgem. É sempre um espetáculo. 50x e 120x. Percebo quatro luas e duas estrelas de campo. Ou serão três luas e três estrelas de campo. Depois de uma rápida visita ao Stellarium e decido que vi Titã (essa eu sabia...) e Réia de um lado do planeta e provavelmente Tétis do outro. Poderia ainda ser Dione. As duas estrelas são decididamente HIP 63938 e uma companheira sem batismo. E uma das luas era vontade...

São 00h56min AM. Abro meu vinho e termino a brincadeira de Lobo Solitário. Amanhã volto para o Rio de Janeiro e para a família. Foi uma sessão de observação das mais prazerosas que já tive.

Opa! Ficou faltando observar Ngc 2392 em Gêmeos. A nebulosa do Esquimó. Era o objeto que pretendia desde o começo. Mais cedo achei que 10ª mag. era querer demais com a lua no céu. Agora é tarde. Fica para próxima.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

astrolog- 8 de fevereiro de 2011

Armação dos Buzios
Newtoniano 150mm f8
Seeing 3

Um dia cheio. Acordei e terminei a caixa que estava preparando para transportar o Newton. O tinha deixado para trás na ultima semana e precisava busca-lo. Assim peguei o carro , a caixa e uma muda de roupa e fui brincar de Lobo Solitario. Dois dias para observar sem ninguem para acender luzes . Um pouco solitario mas muito eficiente.
Cheguei a casa de meu irmão e rapidamente organizei as coisas . Montei o telescópio e ajustei as buscadoras.
Um progrema que não fazia a tempos. A lua. Com 29% do disco iluminado ela dominava o entardecer. Jupiter próximo. Começo com a 25 mm e rapidamente percebo o Mare Crisium totalmente iluminado. O Tranquilitatis quase todo. Em sua fronteira com o Mare Serenitatis , próximo aos montes Haemus se destaca Plinius um cratera de 44 x 44 km. Bem proxima ao "terminator".
O maior destaque é para Teophilus ,Cirinus e Cathalina nas margens do Mare Nectaris. Beaumont também faz presença. Aumento a Magnificação e me concentro nas Tres primeiras . primeiro 10mm e depois acrescento uma barlow 2x. 240 x . O seeing suporta bem por longos instantes.
 Depois de passear pelo terminator parto para Jupiter . Já baixo no horizonte oeste. Percebo o gradual retorno do cinturão Sul. Ainda não tão destacado como era praxe. Mas claramente retornando. Os Quatro satelites visiveis.
Já mais tarde um pouco uma rapida sessão de céu profundo. Os Messiers de Auriga. M36 , 37 e 38. A transparencia não me pareceu das melhores .M38 bastante difuso.... O Dia foi cheio. Após perder bastante tempo atras de  M67 e não achar nada desisto. A lua ainda  fazia presença e o cansaço atrapalhava.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Obsevando M45


Um dos aglomerados abertos mais conhecidos. Facilmente localizavel a olho nú. Siga as "Tres Marias" em direção a Aldebarã (Alpha Tauri) siga em frente e vai ver claramente o aglomerado. Em condições urbanas ela me aparece como uma nebulosidade. em Ambientes menos iluminados resolvo seis estrelas.Há quem veja sete. São conhecidas como as "sete irmãs".Existem registros de pessoas de olhos muito afiados e em locais muito escuros que conseguiram visualizar até 18 estrelas a olho nú.  São melhor observaveis entre outubro e março.
As Pleiades são um alvo excelente para binoculos . Cobrem uma area enorme do céu. com telescópios com mais de 150mm é possivel começar a se perceber alguma nebulosidade envolvida. Há controvérsias se a nebulosidade é resto da nebulosa que criou o aglomerado ou se está apenas " na frente do aglomerado". Mais de 200 estrelas já foram contadas.  Esta a cerca de 400 anos luz de nós. A maioria das estrelas se espalha por cerca de 8 anos luz porém suas bordas mais externas apresentam membros por mais de 30  anos luz.
Conhecida desde a antiguidade o aglomerado foi citado por Homero ( c. 750 ac.) . Messier inclui em seu catalogo em 4 de março de 1769. Composta principalmente por estrelas de classe espectral A e B ( jovens estrelas azuis). Como nenhum dos componentes ainda evolui em gigantes vermelhas é amplamente aceito que o aglomerado é bastante jovem . cerca de 50.000.000 de anos ( 1% da idade do Sol).

Observando M13

Visível durante o inverno M13 é um dos mais interessantes globulares do céu . Luta com M22 pelo terceiro posto entre os globulares. Se você mora no hemisfério norte será o primeiro inconteste.
  Localize Vega e Arcturus . Entre estas duas estrelas você vai perceber um trapézio de de estrelas . São representantes de Hercules.Não são muito brilhantes . Serão visíveis em ambiente suburbano.  Localize Eta hércules . Dai será fácil... Entre Zeta e Eta Hercules estará o aglomerado. O aglomerado é flanqueado por duas estrelas de sétima mag. e é claramente percebido em uma buscadora 6x30.
Um telescópio de 150 mm vai resolver inúmeras estrelas em sua  borda.
O aglomerado possui cerca de um milhão de estrelas. A sua parte central cobre mais de 100 anos luz. Esta localizado a cerca de 25.000 anos luz da terra. Grandes telescópios resolvem mais de 30.000 estrelas em suas bordas. seu centro é tão densamente povoado que mesmo grandes telescópios não o resolvem. Pode-se dizer que " densamente" significa uma distancia de cerca de 1 décimo de ano luz. Assim sendo colisões são bem raras. Estas estrelas estão assim concentradas  a pelo menos 10 bilhões de anos. Provavelmente desde a origem da Via Lactea.
Foi registrado pela primeira vez por Halley em  1714 e incluído por Messier em seu catalogo na data de 1 de junho de 1764.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Observando M8

M 8 é uma das mais belas nebulosas do céu. A primeira vaz que a avistei foi utilizando um binóculo de origem duvidosa ( ruby coated) de 15x80mm. Apesar do aparelho ela pareceu beíissima para mim. Um pouco mais colorida do que deveria mas ainda assim bastante extensa e com o aglomerado aberto em seu interior bem aparente. Partindo de Kaus Borealis e se seguindo a via láctea a nebulosa é facilmente percebida a olho nu. Estava em um hotel no Litoral Sul do Rio em um ambiente suburbano.
A nebulosa da Lagoa como é conhecida foi descoberta por Hodierna circa 1654. Ela se faz acompanhar pelo aglomerado aberto Ngc 6530 o qual teria sido percebido por Flamsteed em 1680. Cheseaux, Lacaille , Gentil e finalmente Messier a redescobriram . Sua entrad no catalogo Messier data de 23 de maio de 1764.

Se encontra 5.200 anos luz da terra. E brilha com 6.00 mag. No limite do olho humano. Apesar disto é facil de se perceber. Acredito que a magnitude esteja um pouco acima do real. É um objeto bem alto no hemisfério sul e que se apresenta muito baixo nas latitudes boreais. Isto explicaria a magnitude.
Uma nebulosa que de latitudes austrais se compara a M42...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Observando M6 e M7

M6 e M7 são os dois objetos Messier juntos a cauda da constelação de Escorpião. Foram alguns dos primeiros objetos que observei. Como cabem no mesmo campo binocular e M7 é facilmente visível a olho nu mesmo em areas suburbanas são alvos ideais para o iniciante. M7 é conhecido também como o Aglomerado de Ptolomeu. M6 como o aglomerado da Borboleta.
M7 é um monstro . M6 mais delicado. Ambos são visíveis com um binóculo 10x50 em ambiente urbano.

M6 foi descoberto ( descrito?) por Hodierna antes de 1654. Posteriormente foi catalogado por Cheseaux , Lacaille e finalmente Messier em 23 de maio de 1764. Seu formato lembra claramente os contornos de uma borboleta e brilha com magnitude 4,2. Facilmente percebido a olho nu.  Distante 1.600 anos luz. Cobre um area de cerca de 12 anos luz. Cerca de 80 membros.

M7 é conhecido e catalogado por Ptolomeu no sec.II. Uma area enevoada junto a cauda de escorpião. Sobrevive até a condições extremas de poluição luminosa. Brilhando com 3.3 de magnitude já observei em locais de extrema poluição luminosa. Sempre mostra algo. Mesmo que não se resolva ( o que é muito difícil.) . Foi também incluído nos catálogos de Hodierna, Halley,Lacaille e Messier.
Há cerca de 800 anos luz  possui cerca de 80 estrelas mais brilhantes que 10 magnitude. Cobre uma extensão Linear de 18 a 20 anos luz.

São ambos alvos binoculares e M6 se resolve com pequenos telescópios.

Observando M 4

O Aglomerado Globular M4 é uma lembrança especial para o Nuncius. Foi o segundo (o primeiro foi Ngc 4755, A Caixa de Jóias de Herschel) D.S.O. que ele observou. Havia acabado de comprar seu primeiro telescópio. Um Celestron Firstscope de 70mm e uma montagem equatorial que batia em média 2 pontos na escala Richter.

Havia descoberto Charles Messier e só pensava em observar todo o seu catalogo. M4 me parecia uma otima escolha. Bem próximo a Antares e segundo todos os alfarrábios um objeto fácil de se localizar.

Condições ideais. Estava em Próximo a Teresopolis, no Vale dos Frades. A Fazenda onde eu estava trabalhando toda apagada. Nenhuma luz em um raio de kilometros. Neste mesmo dia vi mais dois objetos do catalogo. Mas isto já é uma outra história.

Centralizo em Antares e depois de olhar a gigante , obter algum foco , calculo um salto pela pequena buscadora L.e.d. e olho na ocular de 20 mm . Nada.  Tento de novo e escaneio com a ocular. Percebo a mancha . Começo a perceber que procuro por coisas muito mais tenues do que imaginava. Mas orgulhoso percebo que no céu  adjetivos como longe , distante, claro , escuro e alguns mais ganham dimensões astronomicas.

M 4 é de fato bem facil de se localizar. É um bom objeto para o iniciante se lançar em caça de " Faint Fuzzies" . Ele é visivel a olho nú de locais bem escuros e destacá-se do fundo com a menor ajuda óptica. Mesmo em ambientes urbanos já o percebi com Binóculo de 10x 50 com facilidade.

M4 é um dos aglomerados globulares mais próximos ( talvez o segundo mais próximo) . Está a "apenas" 7.200 anos-luz.
Foi primeiro observado por Cheseaux em 1746. Foi posteriormente redescoberto e incluido em seu catalogo por Lacaille em 1752 ( Lac I.9) e por Messier em 8 de maio de 1764.
Foi o primeiro aglomerado resolvido como estrelas por ele. Herschel posteriormente resolve todos os aglomerados de |Messier.
Em 1987 foi descoberto um pulsar dentro de M4. Uma estrela de neutrons  rodando ( e pulsando) 300 x por segundo. mais veloz que o Pulsar de M1.

Um aglomerado com muita história.

Observando...

Quando resolvo observar o céu acabo que seguindo uma especie de Ritual. Respeito de forma organica uma série de etapas que permitirão um melhor aproveitamento de meu tempo junto a ocular . Bem como um maior conforto.
Invariavelmente começo com um rudimentar alinhamento polar. As pessoas tendem a observar sempre nos mesmos locais. Desta forma você pode determinar pontos nestes espaços que vão permitir um rápido e eficiente alinhamento. Eu ,por exemplo, observo sempre em Búzios. O Muro da casa esta quase perfeitamente orientado Leste - Oeste .
 Com o tempo percebi que o mestre de obras não tinha sido cirurgicamente preciso. O alinhamento polar perfeito é com o eixo levemente( bem levemente...) deslocado. O eixo do telescópio forma um triangulo retangulo com uma hipotenusa que encontra o Cateto maior (muro) quase no infinito.  Com o tempo você consegue alinhar o telescópio quase de primeira.  Um bom alinhamento polar é fundamental para que você possa realmente observar objetos. Se você os perder pode localiza los novamente com o movimento de um único eixo  com facilidade. Objetos muito ténues se perdem facilmente...
Eu , particularmente, só observo utilizando duas buscadoras em meu telescópio. Uma de L.E.D e uma de auxilio ótico ( ou 10x50mm ou 6x30mm). A primeira me permite achar rapidamente a area do céu que procuro e a segunda me permite navegar com precisão entre as estrelas .
Depois confiro o alinhamento de minhas buscadoras. Sempre em uma estrela bem brilhante. Começo utilizando uma ocular de 25 mm e depois ajusto ainda mais utilizando uma 10 mm. Um bom alinhamento de buscadoras é indispensável. Uma buscadora mal regulada vai levar a muitas frustrações.
Outra questão é preparar o arsenal para esta navegação. Em geral utilizo um bom Atlas Celeste e um programa planetário. Indico o de autoria de Will Tirion. Sky Atlas 2000.0 .  Outra opção boa, ainda que mais limitada e´o Guia Ilustrado Zahar Astronomia de Ian Ridpath   Como programa utilizo dois de forma igual. O Stellarium  e o Cartes du ciel. Ambos disponiveis gratuitamente na web. A apresentação do Stellarium é imbativel . Mas o Cartes du Ciel conta com maior data base.
Gosto também de ter sempre por perto um binoculo 10x50mm. Pode ser um bem barato. Nada que voce precise se preocupar em deixar cair , bater e etc... Ele vai servir para dar rapidas escaneadas na região que voce pretende explorar mais a fundo com seu telescópio.
Por fim gosto de ter um roteiro planejado . Dependendo do que voce for observar você vai precisar de diferente oculares. E nada como as ter organizadas previamente. Quando voce for procurar suas oculares no escuro e quiser preservar ao maximo sua visão noturna voce deve possuir apenas o  necessario . Assim não se enrola com diversas oculares e acaba por ter que rastrear M106 pela segunda vez . Quando vou observar principalmente D.S.O . prefiro ter uma Wide field no Telescópio e uma ocular que me permita uma maior magnificação. Porém nada exagerado. Nestes dias posso deixar de lado minhas barlow´s . Elas tornam a imagem muito escura quando caçando por "faint fuzzies" . Ao dobrar o a distancia focal do telescopio elas dobram também o razão focal. Ou seja seu telescópio que é um f8 em um f16. Muito escuro para o céu profundo. Mas se voce planeja ver estrelas duplas ou planetas elas serão de grande valia.
Eu gosto também de ter uma mesa onde posso colocar o Atlas e o Computador . Bem como possuir uma lanterna de luz vermelha para quando necessitar ver  o atlas ou qualquer outra coisa. Alguns Lapis HB, h e B e Papel é uma boa idéia  para realizar alguns esboços do que foi observado e servir de base para os renders no Photo Shop.
Espero que minhas manias possam ajudar...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Observando M78

Observando M 78


Outro objeto do catalogo Messier que se mostrou arredio. Foram varias tentativas até de fato conseguir o log..

Na verdade ele se revelou com o uso de uma engenhosa artimanha. Com o uso desta técnica ele é um objeto facilmente localizável.

O instinto nos diz que devemos começar localizando Alnitak na buscadora e a partir desta estrela achar M78. É possível. Porém a região é rica e se perder é fácil. Mas há uma forma muito mais simples.

Centralize Mintaka (a estrela mais ao norte do cinturão de Orion, também chamado de as Três Marias.). Acione o cronometro e em treze minutos M78 estará dentro do campo com uma ocular wide angle ( 25mm ou maior).

Fiquei fascinado com isto e repeti a operação algumas vezes. Uma única vez a nebulosa não apareceu imediatamente. Mas bastou uma leve escaneada para localizá-la. Você vai perceber de forma discreta sua presença em uma buscadora 9x 50 mm.

M78 é a mais brilhante nebulosa de reflexão em todo o firmamento. Magnitude 8.3.

É uma área de formação estelar e apresenta um aglomerado galáctico junto com o conjunto da obra.

Foi descoberta por Mechain no inicio de 1780 e incluída por Messier e seu catalogo em 17 de dezembro do mesmo ano.

A nebulosa pertence ao complexo de Orion que se centraliza junto a M 42 e está a 1600 anos luz da terra.

Como uma nebulosa de reflexão m78 é formada por poeira interestelar que difunde e espalha a luz de estrelas azuis (tipo B jovem). Sua natureza foi descoberta por Vesto M. Slipher do Lowell Observatory em 1919.

M 78 tem quase 4 anos luz de extensão. Voce irá notar algumas estrelas que são responsáveis pelo brilho da nebulosa . São elas HD 38563A, e HDE 38563B, ambas de 10 magnitude visual.

Um belo achado...

Observando M1

Observando M1


Ontem à noite decidi localizar M1 de qualquer forma. No ultimo log. que apresentei (veja aqui) conto como fracassei miseravelmente na localização destes resquícios de Super Nova.

M 1 é bem tênue e apesar da enganadora magnitude de 8.4 é um alvo difícil em condições abaixo de ideais.

Assim sendo deixei que meus olhos se acostumassem bem à escuridão e tentei evitar todos os focos de Luz que poderia danificar minha visão noturna.

Como de habito comecei regulando as minhas buscadoras e as ajustando da melhor forma possível. Utilizo sempre duas buscadoras. Uma de L.E.D. e minha cara 10x50mm. Com a primeira chego bem perto e com a segunda navego com mais precisão.

Localizo Zeta Tauri. Abro o Sky Atlas 2000.00 (do Will Tyrion) no mapa mais adequado e começo a procura. O problema é que não é possível avistar o menor indicio da nébula pela buscadora. Desta forma me resta centralizar em Zeta utilizando a minha ocular de 25 mm Wide angle e escanear a área que o mapa me indica.

Não chega a demorar. M1 é próxima a Zeta mas nem tão próxima quanto poderia parecer pelo meu mapa. Com o uso de visão periférica percebo a nébula pela ocular. Conforme vou me adaptando a nebulosidade se torna mais clara. É muito tênue. Cobre uma área considerável do centro da ocular. Substituo a 25 mm por uma 17 mm. Percebem-se mais claramente os contornos da Nebulosa. Somente isto. Não percebo estrutura de espécie alguma. Fico olhando e resolvo tentar a 10 mm. A imagem fica mais escura e difícil de perceber. O melhor resultado foi com a 17 mm.

M 1 é chamada pelo apelido de Nebulosa do caranguejo . O formato é bastante obvio. Descoberta em 1731 por John Bevis esta nebulosa é fruto de uma explosão de Super Nova.

Esta foi registrada por astrônomos chineses no ano de 1054 A.D..

Charles Messier inaugura seu catalogo ao redescobrir esta nébula enquanto procurava pelo retorno do Cometa de Halley em 1758. Esta foi a primeira entrada de seu catalogo de objetos que não deveriam ser confundidos com cometas. De fato a nebulosa lembra muito um cometa sem cauda.

Esta localizada há 6300 anos luz da Terra.

No seu coração pulsar uma estrela de Nêutrons. A nébula consiste do material ejetado pela Supernova, tem cerca de 10 anos luz de diâmetro e esta se expandindo a cerca de 1800 km/s.

M1 é enganadoramente fácil de localizar. A menos que você possua um “céu de cristal” ela não será percebida com sua buscadora ou binóculo 10X50. Você deve já estar com os olhos bem adaptados. A nebulosa se expande muito rapidamente e vai se tornando cada vez mais tênue. Quando Messier a inclui em seu catalogo ela era consideravelmente mais brilhante.

Um belo objeto que apresenta grande valor para cosmologia. Em seu interior está o primeiro pulsar identificado. É a estrela de nêutron que restou da Super Nova de 1054. Ela emite 100.000 vezes mais energia que nosso sol e possui tamanha densidade que toda matéria presente em nosso sol esta comprimida em uma área pouco maior que o Leblon. Esta energia é que ilumina . a nebulosa.

Bons céus


M 1 esta indicada pela seta colorida.(clique para ampliar)

Astrolog 30 de Janeiro 2011

Astrolog 30 de janeiro de 2011


Búzios

Newtoniano 150 mm e Bino 10x50

Seeing 3,5 (pouco vento)

Pode-se perceber a via láctea claramente.

A noite de hoje teve um adendo. Meu primo veio nos visitar e assim preparei uma serie de Show pieces que pudesse localizar facilmente e que fossem bonitos o suficiente.

Começamos pelo falso cruzeiro onde apresento IC 2391. Aglomerado da Pequena Cassiopéia.

Um Salto dentro do Falso Cruzeiro e paramos em NGC 2516. Este impressiona mais. Muito rico.

Apresento Orion ao amigo e os principais landmarks do céu de Verão. Sirius para um lado a

Aldebarã para o outro. Empresto-lhe o binóculo e apresento as Plêiades e as Hyades.

Claro que não podia deixar de apresentar M42, a grande nebulosa de Orion. Impressiona a todos em 120x. Trapézio claramente resolvido.

Um favorito e visitamos M35 enquanto explico a possibilidade de se prever o tempo através da visibilidade de certos aglomerados. Amanhã será um dia radiante.

Uma vez em Gêmeos eu não podia deixar de localizar NGC 2129. Escapou-me ontem à noite. Com o auxilio do Sky Atlas não foi difícil. Ele se revela à buscadora. Bem denso e interessante. Uma versão reduzida de M35. Diria que o caçula dos dois aglomerados mais interessantes de Gêmeos.

Nebulosa de Eta Carina. Sensacional a 120x. Diversas linhas negras e muita estrutura. Aglomerados abertos por todos os lados. Um das áreas mais ricas em D.S.O.s que conheço.



M 78 revisitada para sketch. Impressiono-me como o método de centralizar Mintaka e aguardar a nebulosa de reflexão “se achar”. Extremamente preciso. Fiz um rápido esboço.

Por fim, já só, Visito Câncer. M44 e M67. Com Binóculo 10x50mm. O primeiro é obvio e resolvendo algumas estrelas. O segundo somente uma pequena mancha triangular.

Diversão sim... Começo a vislumbrar o outono as voltas com o Reino das Galáxias. Leão seguido de Virgem já dão suas caras e por volta de 2:00 estão em boa posição. Vai melhorar ainda mais. Saturno nasce e é hora de dormir.

Bons céus.