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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A Peregrinação dos Frames

           Completando 5  anos de Nuncius Australis e pouco mais de 1 ano fotografando alguns DSO´s eu finalmente começo a chegar ao que se poderia chamar de método. Ou pelo menos o mais próximo que  posso chegar disto.
Quando falamos em fotografia astronômica eu imagino duas etapas. Uma é a captura das fotos , da imagem propriamente dita (que serão chamados de Light frames, Lights ou simplesmente L depois desta primeira etapa).

Light frames ( serão varios iguais  . Ou "pelo menos" parecidos...)

                Além dos Lights você vai capturar também Blacks frames. Estes são simplesmente fotos feitas com o tubo do Telescópio tampado e devem ser realizados com o mesmo ASA e pelo mesmo tempo de exposição que os Light frames. Servem para melhorar a razão sinal/ruído.  
                Não capturam nenhuma luz.Habitam a escuridão. Só capturam ruído, hot pixel e outras coisas nefastas. 
               Serão subtraídos dos Light frames levando embora estas assombrações e deixarão apenas o sinal.                   
                Em tese...
Dark frames 

          
                E vai também capturar os chamados Flat frames. Estes devem ser capturados com o tubo do telescópio com a mesma posição que os lights e como mesmo foco. O Tubo do telescópio deve ser coberta com um pano branco (algodão ou brim ou uma camiseta...). Este deve ficar bem esticado e  então deve ser iluminado de forma homogênea. Seja com uma fonte de luz. Ou o céu do amanhecer... Vão servir também para melhorar a razão sinal/ruído. E também tem algo com relação a Vinhetas... Pode-se viver sem esses.
Flat frame

                Existem diversos sites e artigos a respeito de como capturar seus Lights, Dark e Flats espalhados por aí. 
                O programa que uso para controlar a câmera durante esta 1ª etapa (quando uso algum...) é o Canon Utilities.  .
É bem simples e intuitivo. Uma rápida olhada no manual vai resolver qualquer duvida. Ele vem encartado com todas as DSLR´s da Canon.
                O IRIS, de que falarei mais tarde, também pode ser utilizado na captura.
                Esta encerrada a primeira etapa.
                A segunda etapa consiste no processamento das imagens. Seria o trabalho extinto do laboratorista nos tempos da película...
                Neste post pretendo apresentar a peregrinaçao digital  que suas fotos (Lights frames) percorrem até se tornarem uma “foto astronômica”.
                A primeira parada é o  Deep Sky Stacker (DSS). Um software gratuito e eficiente pra realizar o alinhamento e o "empilhamento”.  
 Existe uma regra básica para o DSS funcionar.  Os light frames que você capturou tem que ter um mínimo de dignidade. Se forem só um montes de riscos e ruído esqueça.  Ele não vai realizar alinhamento nenhum. Vai informar que voc~e esta empilhando somente um Frame . E recusar os outros...
 Se este  o seu caso tente o Rot´n Stack. É um outro software mais “rude”. Ele também trabalha com a Razão Sinal Ruído. Mas eu tenho a impressão de que como só trabalha com Lights ele não a melhora. Ele soma Sinal e ruído. E assim muito ruído é inevitável. O RnS tem uma interface bem amigavel e não precisa de tutorial. É o Paint dos “stacker´s”. Ruim e fácil de usar...   
O DSS por sua veze vai utilizar darks e flats para melhorar a razão sinal/ruído. Pois somamos toda informação dos lights e depois subtraímos o ruído através dos Master dark e Master flat criados pelo software. A imagem final do DSS vai somar o que é sinal e subtrair o que é ruído...
Sinal é a informação que esta no seu light frame e que deveria estar lá. O pixel que esta onde estava a estrela sobre o sensor. O resto é ruído. O ruído é que nem poeira que se abate sobre os viajantes.
Operar o DSS é bem simples. Basta carregar os lights, darks e flats e realizar alguns settings.  
Com os arquivos todos carregados, checados e registrados a janela ‘Register Settings’ vai se abrir para você’. Clique na aba “Advanced”. Eu uso no parâmetro “star detection threshold” 25%. Quanto mais baixo for este parâmetro mais “pé de boi” se torna o DSS. Mas aí o produto final pode ser um monte de riscos...
Depois clique em “stacking parameteres” coloque em cada um dos parâmetros os seguintes “settings” (estes são os que eu uso. Outras combinações são possíveis):
·         Em Result  use Intersection.
·         Em Light use Kappa-Sigma clipping ( aqui se determina como se vai lidar com o sinal)
·         Em Dark use Kappa Sigma clipping Aqui vai-se fazer o Master dark e vai lidar com ruído.  Como os darks frames não tem sinal são um bom parâmetro para se determinar o que é sinal e o que é ruído nos lights.
·         Em Alignmet use Automatic.
·         Em intermediate filesTiff files
·         Cosmetic- não faça nada.
·         Output- eu prefiro tiff. Pode usar qualquer um...
O DSS depois vai somar o sinal que esta no  Lights e vai subtrair o ruído que esta nos darks e flats. É uma explicação bem simples e aproximada do que realmente acontece.
Mas o que importa ele melhora em muito a tal da relação Sinal /Ruído. 
Depois que ele abre o resultado do trabalho eu costuma melhorar um pouco o contraste da foto ainda no DSS.
Na janela que estará aberta abaixo da foto arraste os parâmetros RGB nas barras deslizantes mais para esquerda. Descendo a curva... Antes de fazer isto a imagem pode parecer muito clara e lavada.
Saindo do DSS

Clique aqui para  um tutorial mais completo para o DSS. Neste tutorial o autor usa settings diferentes dos  que eu utilizo. 
Depois vou abrir este arquivo ,que foi criado no DSS, em um programa um pouco mais complicado. Mas fundamental.
O IRIS é também um freeware. Creio que seja o maior concorrente do Maxim. Ele é um "faz tudo". Opera seu telescópio (se possuir GO-TO), faz auto- guiding , opera a sua câmera, realiza alinhamento e é um processador de imagens.  Eu só o utilizo nesta ultima missão. Como ele é um processador de imagens com cacoete de astro fotografo ele possui diversos recursos que são perfeitos para os problemas típicos da “difficult art”.
 O Stacking and Align é bem complicado de se realizar .Melhor usar o DSS. Muito mais amigavel.                   Ele pode ainda ajudar na captura, me parece que gosta de câmeras Lumenera e possui no cardápio quase todas as DSLR disponíveis. Eu fiz um rápido teste e voltei correndo para o Canon Utilities.
Seu recurso mais importante, para mim, é a capacidade de resolver a vinhetagem que ocorre na minha captura e que o DSS (com seus flat frames) não resolve e nem o Photoshop elimina.
Através de um processo sinuoso ele permite controlar a vinhetagem. Na aba “Processing” procure por “Remove Gradient”. Ou através da Janela de comando instrua como fazer um fundo “perfeito para sua imagem”.Isto vai emplicar em marcar manualmente até 2500 pontos no seu Frame inicial... Ele faz isto também de maneiras automáticas . Mas a normas aqui de casa são claras . Sempre do jeito mais dificil. O programa tem vários recursos. Mas é complicado para se dominar.
 Ele ainda ajuda muito com o ruído termal comum em longas exposições.  Procure o recurso” selective gaussian filter” na aba “Processing”.
A esquerda antes do IRIS . Repare no gradiente ( vinheta) do fundo. A direita depois ...

A esq.:RnS Sort Mode                                  a dir.: RnS+Iris

Ele não é um programa com uma interface obvia. Requer alguma experiência. Não é intenção de este texto servir como um tutorial para os programas apresentados. Espera apenas servir como um guia de referencia rápida e uma introdução à matéria.
Recomendo que leia o tutorial se pretender entender-se com o IRIS.
Nossa próxima parada é o Photoshop. Em geral as ferramentas que mais uso são Levels, curves,  Brilho / Contraste e Color Balance. O Photoshop apresenta varias possibilidades que não cabem ser discutidas aqui.  Existem milhares de tutoriais descrevendo as mais diversas técnicas no PS.
DSS+IRIS +Photoshop

E por fim, em geral, eu faço uma ultima visita ao Noisewear. Ele possui uma versão gratuita e dá uma disfarçada no que sobrou de ruído em sua foto. É um programa bem simples.
Do tipo carregue a foto e aperte GO. Existem alguns parâmetros que podem ser ajustados. Os "settings" de seus defaults são mais que suficientes. Voce pode baixa-lo aqui
E assim, dando tudo certo, vai ficar até razoável.

P.S. : Hoje em dia (2019) Utilizo apenas o DSS para empilhar e geralmente faço o pós processamento no PixInsight 1.8 . É o soft mais poderoso e mais especifico para astrofotografia que conheço. Não é um programa barato. Existe uma versão gratuita e descontinuada ( PixInSight LE) que pode ser conseguid ana web com alguma procura. Leia-se Pirate bay. 


 E eu continuarei tentando...

 Nossas modelos ( ou vitimas) foram  Ngc 4755 e IC 2602. A Caixa de Joias e a Plêiades do Sul respectivamente.
Posteriormente acrescentei NGC 6397 como outro exemplo ( extremo). É o Globular


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Segundo Encontro, Alinhamento, IC 2602 e o DSS.


Noultimo post apresentei o primeiro encontro com a Canon T3. Eu planejara fotografar IC 2602. As Plêiades Austrais. Não aconteceu e numa sessão afobada, como em geral são primeiros encontros, fiz algumas imagens estabanadas de Ngc 4755. A Caixa de Joias de J. Herschel.

Na noite seguinte a lua se encontrava ainda mais brilhante, mas não me intimidou. Aproveitando o “desalinhamento polar” do primeiro encontro eu consigo melhorar as coisas. Com o auxilio de minha pequena 6X30 mm eu improviso uma buscadora polar e quando consigo ter Sigma, Chi, Nu e Tau Octans do lado certo e com Sigma bem próxima de onde deveria estar eu me dou por satisfeito. O alinhamento polar estava feito. E ficou bem razoável. Embora a lenda conte que Sigma é uma estrela muito apagada ela é facilmente visivel com uma buscadora. E o triangulo formado com as outras duas é caracteristico.

"Buscadora Polar"


Este método de utilizar uma buscadora polar improvisada é rápido e indolor. E em locais que o método do drift é impraticável permite alguma dignidade. É claro requer atenção e um programa planetário já que vendo tudo de “cabeça para baixo” e espelhado pela pequena buscadora colocar Sigma Octans no lugar certo (ela fica a 1º 5´do polo) é muito parecido com um exercício de Ioga. A direção que ela deve estar deslocada do eixo polar depende do horário. Por isso o programa planetário.



Eu continuo insistindo em utilizar o pequeno “Galileu”. Meu refrator barato de 70 mm.  IC 2602 cobre uma área do céu de quase 1º . Ou seja, duas Luas cheias. E desta forma o 150 com seus 1200 mm de distancia focal iria ter um inverno longo e duro para enquadrar tudo isto.
As Plêiades Austrais são facilmente localizadas mesmo a olho nu e em locais de forte poluição luminosa. Em uma noite de Lua cheia fica um pouco mais difícil, mas mesmo assim é bastante simples de localiza-las pela buscadora 10X50 mm.  Theta Carina, que é membro do aglomerado, brilha com magnitude 2,7 e não é nenhum problema avista-la. Eu percebo claramente alguma “nebulosidade” ao redor das mesmas. Esta se resolve com qualquer auxilio óptico em dezenas de estrelas. É um daqueles aglomerados que combinam muito com binóculos...


IC 2602 é uma descoberta original do Abbe Lacaille de 1751 realizada durante sua viagem a Cidade do Cabo para mapear os céus austrais. É a entrada II. 9 de seu catalogo. O próprio Lacaille percebeu sua semelhança com suas irmãs boreais, as Plêiades originais.
É um aglomerado relativamente jovem com 50.000.000 de anos estimados. E se encontra a 479 anos luz de nós segundo o satélite Hipparchos. Possui aproximadamente 60 membros. Theta é o único acima de 5ª magnitude.  
Com o DSO enquadrado eu começo o meu segundo “tête-à-tête” com minha nova Canon T3. Rapidamente descubro que Theta se apresenta no LCD. Isto é um maná para se focar o objeto. A câmera oferece o recurso de se selecionar uma parte do LCD e ampliar a imagem. Então centralizo a janela em Theta e amplio a imagem. Fazer o foco se torna bem fácil e não preciso mais ficar caçando algo para ver através de um Viewfinder espremido e em uma posição difícil.  
Janelado Auto focus e " Guider"... Perceba Theta Carina.


Depois disto ainda descubro mais uma utilidade para esta janela. Com a imagem já em tamanho normal eu centralizo o quadrado em Theta e com isto poso ter uma boa ideia sobre a qualidade do alinhamento polar. A estrela deve se manter centralizada na janela. E serve até como uma espécie de “auto guider”.  Bem, nem tão “auto” assim...
Com tudo transcorrendo bem o meu encontro parece que vai ser feliz. Lógico que não pode dar tudo tão certo e apanho um pouco para ajustar a buscadora depois de um esbarrão. Mas depois de alguns ajustes esta tudo de volta no esquadro e Theta Carina de volta ao centro da janela do Auto focus.
Fotografando com ASA 3200 faço algumas experiências. E descubro algo interessante. Em primeiro lugar que as exposições que eu fazia na antiga 350 D (geralmente em 800 ASA e às vezes em 1600 apesar do ruído) podiam ser reduzidas a metade. E que com o advento da obra do metro a poluição luminosa aumentou mais ainda na fronteira da Republica do Leblon com Reino Unido de Ipanema. E assim as exposições de 30 segundos são exageradas e sofrem barbaramente com a bela iluminação com lâmpadas de Vapor de Sódio. Com a câmera regulada para “daylight” (5200 k) o bafo laranja é evidente.

10 seg.                                                            30seg.   


 Quando fotografando aqui no Rio eu raramente faço exposições superiores a 15 seg. Eu prefiro fazer mais exposições em vez de exposições mais longas.  Acredito que assim consigo reduzir o efeito de Poluição Luminosa (PL daqui para frente).  
Agora com o auxilio luxuoso da ASA mais alta eu pude reduzir as exposições para 10 segundos. Seria o equivalente a exposições de 20 seg. em 1600 ASA. E as Plêiades Austrais são um DSO muito brilhante e assim não necessitam de exposições muito longas para registrar até seus mais tênues membros.  E as fotos não acusam (tanto) a presença do canteiro de obras...
Decido capturar em JPEG. Eu sei que deveria usar RAW. Mas prefiro aguardar isto para uma noite mais escura e mais digna. Continuo em modo teste...
Faço 43 fotos de IC 2602. Isto vai nos dar mais de 7 minutos de exposição somada.
Depois faço ainda 27 Dark frames.
Agora chegou a hora de visitar o DSS. Deep Sky Stacker.
Um colega astrônomo que frequenta o “Cosmoforum” certa vez colocou que o DSS é um programa meio temperamental. E que depois que você selecionou as fotos que quer empilhar deve, antes de dar “enter” no processo, providenciar uma galinha preta, Cidra e charutos “dos bons” e levar tudo até a encruzilhada mais próxima.
Parece que o programa esta de bom humor. O DSS seleciona 39 das 41 fotos para empilhar.


O resultado me deixa satisfeito. Embora fotografar através da tela da janela não ajude o registro fica bem fiel. E revela também algumas deficiências do telescópio que eu já havia notado no primeiro encontro.
Percebo uma forte vinheta nesta imagem e assim resolvo fazer alguns Flat frames para ver se melhoro a situação.  Abaixo apresento duas versões deste stacking. Sem flats. Utilizando a ferramenta Levels no Photo shop eu acho que consegui reduzir a vinheta em uma das fotos. Mas à custa de contraste. E não foi uma solução definitiva.
39 Lights, 24 darks.  Sem Photo Shop



Levels no Photo Shop + Noiseware


Astrofotografia pode se tornar um eterno processamento. Não é exatamente a minha parte favorita, mas acredito que com a nova câmera eu acabe estudando mais as possibilidades de diversos softwares. Tanto para a captura como para o processamento das imagens.
Para realizar os flats eu utilizei um método descrito pelo astro fotografo Fabrício Siqueira. Não me lembro de exatamente aonde. Mas é bem simples. Com o telescópio na mesma posição e mesmo foco e a câmera com os mesmo parâmetros utilizados no Light frames você cobre a objetiva do telescópio com uma camiseta branca, coloca um computador com a tela toda branca colada à camiseta e captura esta imagem. Via ficar tudo branco.
Em tese estes flat frames vão ajudar a me livrar da vinheta.
Não tenho certeza se fez muita diferença... 
39 Light, 24 darks , 16 flats- DSS + Photoshop Levels +Noiseware


O DSS oferece diversas formas de se realizar o Stacking. Nesta foto, especialmente, eu utilizei o método por eles chamado de Kappa Sigma Clipping. É mais pesado do que o Average que em geral uso. Mas me parece um pouco mais eficiente.
Depois as fotos visitaram também o Noiseware...
Este é post scriptum: \DSS+PS+IRIS+Noiseware. Melhorou o "vignetting"...
Mesmo antes do Noiseware pude perceber claramente que o nível de ruído da T3 é muito mais baixo que da antiga câmera.  Fiz um stacking somente de Light frames (sem darks) que demonstra bem isto. Mesmo em 3200 asa o ruído é aceitável. A vinheta é barabara...
39 Lights - DSS 

E também aprendi que os arquivos da T3 são muito maiores. E com as fotos tem 4272 por 2848 pixels o DSS vai bem. Mas o Rot n´Stack tem dificuldade para manipular estes arquivos. Se faz necessário reduzir o tamanho das fotos no Photo Shop para que o RnS conseguisse empilhar algumas fotos de NGC 3532 que embora fora de foco ( e, portanto não aceitas pelo DSS nem com “reza braba”) serviram para fazer algumas experiências sobre processamento. Eu gosto de utilizar o Rot n´Stack, pois ele empilha qualquer coisa e apesar de mais mambembe que o DSS é uma ferramenta útil. É uma pena que ele não suporte os arquivos maiores da T3. É um saco ter de reduzir dezenas de fotos...  De qualquer maneira utilizei o aglomerado para ajustar o alinhamento polar e sobraram umas fotos, meio toscas e disfarçadas de desenho, deste belo aglomerado.


 Será provavelmente o local que levarei a T3 no nosso próximo encontro astronômico...





sábado, 23 de fevereiro de 2013

Canon T3 : Primeiras Impressões



Finalmente chegou minha nova câmera fotográfica. Foi uma longa espera.            Minha Canon 350 D se “afogou” no final de janeiro em uma viagem ao litoral sul do Rio.  Contei os seus últimos momentos aqui noNuncius Australis.

Depois de uma rápida pesquisa me convenci que a Canon T3 seria uma excelente opção para substituir a já velha e antiquada 350 D. Evidentemente que um dos principais motivos da escolha foi o preço. Afinal é um compromisso (e uma necessidade agora mais acentuada ainda com a gravidez) manter os custos do hobby os mais baixos possíveis...

Gostaria de dizer que a entrega transcorreu de forma rápida e fácil. Não posso.

A EGD Eletro demorou exatamente um mês (30 dias) para entregar o produto. No inicio do processo o combinado era 10 dias.

 Existe atualmente um tipo de loja que é muito comum na web. Elas não possuem nada em estoque. São na realidade importadoras nas quais seu pedido dispara o gatilho que vai fazer com que o produto comprado inicie seu trajeto do exterior para sua casa. O produto pode estar saindo da China, dos EUA, ou do Paraguai.

 Já realizei compras assim e em geral o importador nos conta o sistema e pede até um mês para a entrega. Muito justo.

 A minha impressão é que a EGD tenta apresentar uma imagem de firma mais séria. Não é. È exatamente igual às tantas outras importadoras da web. Mas no querendo ser o que não é se enrola, atrasa e inventa varias desculpas. Além de ter um atendente no SAC muito do mal educado.

Em sua defesa posso dizer apenas que depois de mudar a data diversas vezes e contarem muita história acabaram enviando minha encomenda via SEDEX. Eu paguei por PAC.

Creio que devido a uma pratica da justiça. Depois da primeira notificação (que aconteceu em 23 de Janeiro) a empresa responsável tem até 30 dias para entregar o produto. Depois perde o processo. Se mandassem pelo PAC a câmera não chegaria a tempo de livra-los da lei.

Mas enfim, depois deste parto a fórceps, a câmera chegou (provavelmente do Paraguai) em bom estado.

Uma surpresa que me deixou bastante feliz. O Kit que comprei acompanha uma lente EF-S 18-55 mm 3.5-5.6. Chegou uma EF-S 18-55 mm IS II. Ou seja, uma lente mais nova e com imagem estabilizada.  

A Canon T3 é a DSLR no “low end” da serie EOS. Evidentemente que ainda assim é um grande upgrade sobre a antiga 350 D. No mercado europeu ela é denominada 1100D.   O set-up com a 18-55 mm saiu, com frete incluso, por R$ 1352,00. . Inclua aí mais 85 reais que paguei em um novo cartão SDHC de 8 GB (serie 10).

 Na B&H o mesmo kit sai por US$ 549,00. Ou seja, quase o mesmo preço. Se colocar o frete sairia até mais caro.  O preço mais baixo que achei foi US$ 449,00.

É inevitável que este post apresente um caráter comparativo entre minha falecida 350 D e a nova 3T. Mesmo sendo uma tremenda covardia.

Minha antiga câmera tinha um sensor CMOS de 8.0 MP. Já a T3 apresenta um CMOS de 12.2 MP.

Mas confesso um detalhe que realmente faz uma bárbara diferença (especialmente para astrofotografia) é a possibilidade de se focalizar utilizando o LCD nas costas da câmera. Na minha falecida só se podia enquadrar e focar pelo view finder. É claro que este é um auxilio fundamental para uma câmera que pode realizar vídeos. A 350 d era uma câmera exclusivamente Still.

Outro avanço é sua maior sensibilidade. Enquanto a velha XT só possuía ASA entre 100 e 1600 a T 3 possui um leque bem mais amplo e muito maior sensibilidade. Vai de 100 a 6400.  

As comparações com a 350 D devem terminar por aqui. A Canon 350 D foi lançada em 2006. A T3 em 2011. Assim sendo é infrutífera qualquer comparação entre as mesmas. Na verdade ela vem para substituir a Canon XS (1000D).

Vamos tornar as coisas mais justas.

O processador de imagens da T3 é o Digic 4. O mesmo de suas irmãs maiores T3i e T2i. A T3 é a irmão mais pobre destas.

O LCD da T3 não é móvel. E possui 2.7 polegadas.

Sua única vantagem sobre suas irmãs mais nobres é sua autonomia. Ela é capaz de tirar até 700 fotos com um ciclo de bateria. As outras não excedem 550. Sem utilizar o LCD. Utilizando este continuamente não espere mais que 220 fotos.   

Possui ainda Live View e sua velocidade de obturador vai de 1/4000 até 30 seg. mais modo Bulb (para exposições mais longas). É necessário comprar um disparador para operar em Bulb. Ou operar via PC.   

De uma olhada nas especificações técnicas da moça comparada a algumas outras companheiras da série EOS... (todas mais avançadas que a falecida)

Canon EOS
Rebel XS
Canon EOS Rebel T3
Canon EOS Rebel
XSi
Canon EOS Rebel T1i
Canon Eos
Rebel T2i
Canon EOS Rebel
T3i
Sensor



Resolução
Efetiva
10.1-megapixel CMOS
12.2-megapixel CMOS
12.2-megapixel CMOS
15.1-megapixel CMOS
18-megapixel CMOS
18-megapixel CMOS
22.2 x 14.8mm
22.2 x 14.7mm
22.2 x 14.8mm
22.3 x 14.9mm
22.3 x 14.9mm
22.3 x 14.9mm
Processador de
Imagem
Digic III
Digic 4
Digic III
Digic 4
Digic 4
Digic 4
 Escala
Sensibilidade
(ASA)
ISO 100 - ISO 1,600
ISO 100 - ISO 6,400
ISO 100 - ISO 1,600
ISO 100 - ISO 3,200/12,800 (expandido)
ISO 100 - ISO 6,400/ 12,800 (expandido)
ISO 100 - ISO 6,400/ 12,800 (expandido)
Disparos
Contimuos
3fps
5 raw/ilimitada JPEG
3fps JPEG/2 fps raw
5 raw/830 JPEG
3.5fps
6 raw/53 JPEG
3.5fps
6 raw/53 JPEG
3.7fps
6 raw/34 JPEG
3.7fps
11 raw/34 JPEG
Viewfinder (mag/ effective mag)
95% cobertura
0.81x/0.51x
95% cobertura
0.80x/0.50x
95% cobertura
0.87x/0.54x
95% cobertura
0.87x/0.54x
95% cobertura
0.87x/0.54x
95% cobertura
0.87x/0.54x
Autofocus
7-pt AF
n/d
9-pt AF
all cross-type; center dual cross to f5.6
9-pt AF
center cross-type
9-pt AF
center cross-type
9-pt AF
center cross-type to f2.8
9-pt AF
center cross-type to f2.8
Velocidade
Obturador
1/4,000 to 30 segs; bulb; 1/160 x-sync
1/4,000 to 30 segs; bulb; 1/200 x-sync
1/4,000 to 30 segs; bulb; 1/160 x-sync
1/4,000 to 30 segs; bulb; 1/160 x-sync
1/4,000 to 30 segs; bulb; 1/160 x-sync
1/4,000 to 30 segs; bulb; 1/160 x-sync
Medição
35 zonas
63-zonas iFCL
35 zonas
35 zonas
63-zona iFCL
63-zona iFCL
Live View
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Video
Não
H.264 QuickTime MOV 720/25p/30p
Não
H.264 QuickTime MOV 1080/20p; 720/30p
H.264 QuickTime MOV 1080/24p/ 25p/30p; 720/50p/ 60p
H.264 QuickTime MOV 1080/24p/ 25p/30p; 720/50p/ 60p
Controle de
Abertura e obturador –Video
n/d
Não
n/d
Não
Sim
Sim
Audio
n/a
Mono
n/a
Mono
Mono;Ent mic
Mono; Ent mic
Estabilização Imagem
Optical
Optical
Optical
Optical
Optical
Optical
LCD
2.5 inches fixed
230,000 pixels
2.7 inches fixed
230,000 pixels
2 inches fixed
230,000 pixels
3 inches fixed
920,000 pixels
3 inches fixed
1.04 megapixels
3 inches articulated
1.04 megapixels
Memória
1 x SDHC
1 x SDXC
1 x SDHC
1 x SDHC
1 x SDXC
1 x SDXC
Wireless flash
Não
Não
Não
Não
Não
Sim
Autonomia
500 fotos
700 fotos
500 fotos
400 fotos
550 fotos
440 fotos
Dimensões
(polegadas)
5.0 x 3.8 x 2.4
5.1 x 3.9 x 3.1
5.1 x 3.8 x 2.4
5.1 x 3.8 x 2.4
5.1 x 3.8 x 3.0
5.1 x 3.8 x 3.0
Lançamento
Agosto 2008
Março 2011
Abril 2008
Abril 2009
Março 2010
Março 2011


A câmera chega e vem acompanhada de uma bateria, uma alça, carregador, cabo USB para conectar ao PC, dois CDs de instruções e um CD com diversos softwares para ajudar na operação da câmera (EOS utilities) e na edição de imagens.  Vem ainda o manual impresso que serve para referencias rápidas. Os manuais em Cd são bem completos. O manual de instruções sobre os softwares que acompanham a câmera é importante ler. Mas não é neste post que vou tratar disto seriamente. Em uma rápida olhada descobri possibilidades que, tenho certeza, vão levar minhas fotos para outro patamar. Mas preciso estudar um pouco e elaborar um setup que, tenho certeza (cheio de certezas. Sei não...), vai ficar muito bacana. Os próximos meses prometem...

De volta a terra...

Abri a caixa e em poucos minutos estava com a câmera montada. Ela lembra a minha velha 350 D e não apresenta nenhum mistério insondável. Uma das maiores diferenças é que utiliza cartões de Memória SD, SDHC, SDXC. Bem menores e mais práticos que os antigos CF da falecida.  O cartão não vem incluído. Felizmente eu possuo um de 2 GB na minha velha “saboneteira” (uma Casio EX100) que vai fazer o truque até que eu compre algo maior.  Capturando em JPEG o pequeno cartão suporta 413 fotos. Em RAW 103.  

Outra coisa que se faz necessária comprar é ao menos mais uma bateria. Esta deve ser modelo LP-E10.

Como o brinquedo é novo e eu sou homem começo a ler o manual impresso calmamente. Adoro ler manuais.  Conforme vou me adiantando na leitura percebo que poucas coisas mudaram em (pelo menos na interface) relação a minha velha conhecida. Todos os “modos” continuam lá close-up, esportes, paisagem, automático e etc...

 Existe uma novidade o Modo CA.  Creative automatic. É um modo para iniciantes que vai permitir que você controle a “ambiance” da cena sem precisar saber o que significam termos como profundidade de campo ou velocidade do obturador...

E possui modo filme que era ausente na falecida. Ou seja, ela também filma. E em HD.

Outra grande melhoria, embora em nada astronômica, é com a possibilidade de se determinar o ponto do auto focus no Live view de uma forma muito simples. Através dos botões de direção você direciona um pequeno quadrado para o ponto da imagem onde quer o foco. Bem pratico. Quando o quadrado fica verde esta em foco. Infelizmente demora um pouco.

Para a obtenção de um foco perfeito é melhor usar o foco manual, ampliar a imagem e fazer o foco você mesmo. Para fotografia astronômica não existe auto foco...

Alguns outros recursos foram introduzidos e ainda estou me familiarizando com tantos novos menus.

Um dos recursos que me chamou logo a atenção se chama Lighting Optimizer. É uma espécie de auto brilho. Ou auto contraste. O recurso só funciona em JPEG. Em RAW não.  Acho melhor desabilitar...

Mas chega a hora de me preparar para testar a câmera em sua principal função. Fotografia astronômica.

 Preparo o telescópio. Para esta primeira experiência acho uma boa ideia reabilitar o “Galileu”. E Assim coloco o velho refrator de 70 mm na montagem EQ3-2. É necessário um pouco de Silver Tape e um pouco de criatividade mas apesar de parecer meio tosco o “rig” é bem eficiente . E muito leve.


Aproveito a brincadeira para fazer algumas fotos com o brinquedo novo do brinquedo velho. Tudo no automático. Acredito ter percebido algo que já tinha lido a respeito em uma review sobre a T3 na web. Com o White balance standard (default) as áreas mais sombreadas da imagem podem apresentar um leve desvio para o azul. É muito discreto, mas acredito ter percebido isto na panorâmica que fiz da janela. Tudo em modo automático.
Desvio para  o azul nas sombras?


 Afino a buscadora assim que o Hotel Marina se acende.

Para adaptar o a câmera com foco direto basta utilizar a barlow do Skywatcher .Mas somente o barril, que se rosquea no T- Ring . Sem a lente barlow propriamente dita. Este sistema é muito pratico.

Eu tinha feito uma preview do céu na véspera com meu Zenith 20X50 mm. E sabia que teria vários DSO´s bem brilhantes na cara do gol do “Stonehenge dos Pobres”.

Quando vem chegando o fim do verão a parte sul da Via Láctea começa a se apresentar bem defronte a janela no meio da noite.

E assim meu plano não era em nada ambicioso.  Eu pretendia fotografar IC 2602. As Plêiades do Sul.

É um DSO visível a olho nu mesmo em uma megacidade e com a lua com mais de 90% do disco iluminado. Eu adoro observar com “Full Conditions”. Os ingleses aplicam a expressão na pratica do montanhismo. Significa que esta frio, nevando, ventando muito e sem nenhuma visibilidade. É claro que as encostas estão também apresentando risco de avalanches... 

Curiosamente IC 2602 é membro do catalogo Lacaille, facilmente visível de minha janela e eu nunca o tentei fotografar. Mas acho que vai fazer um bom par com o Galileu. Com 900 mm ele tem um campo maior que o 150 mm (que tem uma distancia focal de 1200 mm) e sendo bem brilhante não será problema para os modestos 70 mm do refrator. 

Com tudo pronto o Paradoxo de Newgear e a maldição do padre começam a rondar. O vento esfria e vem do sudoeste. O céu começa a fechar...

Mas eu não esmoreço. O alinhamento polar a partir da janela de casa é, na teoria, fácil. E eu vou em frente e monto o motor apenas no eixo de RA.  Deixo tudo pronto e só me resta esperar.

Se a terra não parar por volta das 23h00min estará tudo no lugar. E as luzes da vizinhança já terão dado um descanso. Assim espero. Curiosamente sextas feiras costuma ser um bom dia (ou noite) para se fotografar. Os vizinhos costumam sair e as luzes no prédio em frente estarão apagadas.

Claro que com tudo tão planejado as coisas não aconteceram exatamente como o esperado.

Por razões ergonômicas desisto de IC 2602 acabo fazendo algumas fotos da Caixa de Joias. Também chamada de Ngc 4755 é bem menor que as Plêiades Austrais. Vamos ver o que o pequeno telescópio poderá conseguir. .

 O alinhamento polar a partir de casa não é tão fácil como gosto de acreditar. Eu mexi na cabeça em Itaipava e agora não esta como deveria. Alinhamento polar é um saco...    

Mas depois de mexer com a cabeça um pouco para lá e para cá eu me dou por satisfeito, Ficou uma porcaria. Mas eu quero testar a câmera e o tempo vai se tornando cada vez mais nebuloso.

Assim vou testar o foco com Acrux.  

Pânico!!!

Não consigo ver nada nem no finder nem no LCD. Mexe dali mexe de cá. E nada. Começo a desesperar. Mas aí resolvo testar a câmera apontando ela para uma lâmpada. Nem assim. Porra tem algo quebrado.
Finalmente retiro o T- Ring e a Barlow e olho para eles. A barlow esta com sua tampa... Não podia dar certo. Retiro a tampa.

O resultado deste estresse foi  um tremendo suadouro. A sensação térmica no Rio tem batido 50 graus diariamente. Mas agora vai...

Descubro a maravilha que é fazer foco utilizando o LCD. Não preciso mais ficar caçando o finder da Câmera em posições kama sutricas.

O seeing esta horroroso. Não é só o alinhamento polar que esta ruim. Quando amplio a imagem para focar melhor Acrux pula mais que pipoca no LCD. Isto é um péssimo seeing.

As nuvens apagam a estrela. Alguns minutos depois deixam-na brilhar...

 Divido Acrux e faço a primeira foto da nova câmera.

Acrux- Repare na Terceira estrela no canto direito . Acrux é um sistema triplo...

Marco a cremalheira com uma fita para guiar o foco.

Coloco a 25 mm e me encaminho para o DSO. Com ele centralizado troco a ocular pela câmera e tiro a primeira foto. O foco esta ruim. Faço um pequeno ajuste. E tiro outra. 15 segundos de exposição será o suficiente.
Rapidamente descubro algo que eu sempre soube e procurei esquecer. A qualidade ótica do Galileu é fraquinha. É um refrator da serie firstscope da Celestron que faz o seu serviço. Mas só isso. Com uma câmera sensível e pela primeira vez fotografando DSO´s ele manca. Muitas distorções, aberrações, e outras doenças se apresentam. Ainda mais acentuadas por um alinhamento medíocre e por um seeing ridículo. Definitivamente o 150 mm faz fotos muito melhores. Mesmo exigindo muito mais da montagem.
 Faço apenas cinco fotos antes das nuvens começaram a me boicotar para o deleite de Newgear.  O resultado das fotos é muito semelhante ao que se observa pela ocular. Percebem-se algumas estrelas mais tênues. O pequeno 70 mm só revela, para a visão, as mais brilhantes. 

Ngc 4755 - A Caixa de Joias 

Mesmo sem ter ainda feito uma sessão digna percebo diversas qualidades na nova câmera.

Ela é infinitamente superior a 350 D. Um detalhe que percebo logo de cara é a menor quantidade de hot pixels nas imagens. Mesmo sem dark frames e empilhadas de forma estabanada no Rot ´n Stack eu não percebo as tradicionais trilhas de hot pixels que o Rot apresenta no modo Max das series de quatro fotos que ele (o Rot n´stack) faz para cada set de empilhadas. Como sempre o modo Mean dele é o que me parece mais fiel.
Os "logaritmos" do Rot n´stack: Minimo, Mean , Maximo e Sort.


Com relação às fotos é interessante perceber que apesar de usar asa 3200 o ruído é menos acentuado que com 1600 na velha câmera.
Repara na foto da esquerda os "rastros de hot pixels".A foto foi feita na 350 D com 1600 asa. 

 Isto permite reduzir o tempo das exposições. Sempre útil quando não se é possível fazer o drift para alinhar o eixo polar...
Infelizmente o LCD só consegue apresentar as estrelas mais brilhantes. Assim como no finder. Então para realizar o foco continua valendo o método de focar em uma estrela mais brilhante próxima e depois centralizar o DSO que será fotografado. Com o campo enorme o 70 mm torna isto mais fácil que no 150 mm. A afinação da buscadora se torna um pouco menos critica.  
Espero que o tempo permita e assim que a lua der uma pequena trégua quero fazer um jogo mais sério com o 150 mm. Deixo tudo no lugar para atacar as Plêiades na próxima noite.

   Embora longe das potencialidades do novo equipamento fico feliz com o resultado. Primeiros encontros são sempre delicados. E no final foi feliz.
Abro uma garrafa de Colorado Indica. É uma India Pale Ale. Uma cerveja. Feita em Ribeirão Preto. Graduação: 8%

 E volto para o manual do EOS Utilities... .

P.S. Fiz as primeiras experiências utilizando a câmera plugada ao computador e operada de forma remota pelo EOS Utilities. A interface é simplíssima e não tive problema nenhum . Você  consegue controlar todos os parâmetros da exposição e ainda operar em BULB ( exposições com mais de 30 segundos) sem ter necessidade de comprar um disparador. O programa ainda oferece a possibilidade de colocar duas exposições em over lay e assim saber se o acompanhamento vai bem... Muito bom. Além de que o driver funciona perfeitamente com o Win 7 . Na 350 D era necessário utilizar o XP e mesmo assim a operação não era tão simples e não apresentava metade do controle possível na T3. Possuindo uma montagem com go-to você pode observar pela tela do PC.
 Estou ficando velho...